E é algo bem confuso
essa questão de
“Eu” em mim e
“Eu” em nós.
E
“Você” em você e
“Você” em nós.
É difícil demais!
É complicado
sermos cada um
sem nos perdermos
no outro.
É complicado
se entregar ao outro
sabendo que,
para isso, temos que
deixar de nos entregar
um pouco
para nós mesmos.
Mas no fim,
se já aprendemos o que os outros poemas diziam,
tanto faz se entregar
ou não
ao outro.
A questão é entender quem é o outro para nós.
É entender
o que o outro
FAZ
de nós.
O outro
nos transforma?
O outro
nos melhora?
O outro
nos expande?
Vamos
mais rápido
no contato com o outro.
Crescemos mais rápido
no contato com o outro.
O outro
é tão importante
para nós
quanto somos para
nós mesmos!
Na verdade
o grande segredo
é sempre
USAR o outro
o máximo possível!
Temos que
nos aproveitar do outro
o tanto que ele
pode se aproveitar de nós.
É um grande jogo de “aproveitação”.
A questão é
saber escolher
de quem você
se aproveitará
para que, no fim do processo,
você seja
muito melhor
do que era antes de começar.
Mas sabe qual o problema disso?
O problema é que
para escolher o jogo,
você precisa saber
o que quer jogar.
E geralmente
quase ninguém sabe.
Acabamos querendo apenas jogar
e pegamos um jogo qualquer.
E nem sempre o jogo é divertido.